Hidrografia
Bacia
Amazônica | Bacia do São Francisco |
Bacia do Prata |
Bacia do Tocantins-Araguaia | Bacia do Atlântico
Sul | Trecho Norte–Nordeste |
Trecho Leste | Trecho Sudeste
O Brasil apresenta
a mais extensa rede hidrográfica do Globo, com 55.457 km² de águas internas
e muitos de seus rios são classificados entre os maiores do planeta. A grande maioria de
seus rios são naturalmente navegáveis e serviram, no início da colonização do país, como vias de transporte,
de penetração no interior do continente e elo de integração dos diversos núcleos de
colonização. Por eles os
bandeirantes desbravaram as regiões Centro-Oeste e Norte e promoveram a expansão das fronteiras para além do meridiano de
Tordesilhas. Vários rios são, até hoje, as únicas
vias de transporte e de ligação dos diversos núcleos habitacionais de suas
margens, principalmente na Amazônia.
As bacias brasileiras podem ser divididas em dois tipos:
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Bacia
Planáltica - Permitem aproveitamento hidrelétrico,
como o que ocorre nas Usinas de Urubupungá, Iguaçu e Marimbondo (Bacia do
Paraná) e Pirapora, Sobradinho e Paulo Afonso (Bacia do São Francisco).
A maior parte
dos rios brasileiros alimenta-se com água proveniente das chuvas, apresentando
cheias no verão e estiagens no inverno, excetuando-se os rios Amazonas e Uruguai,
que têm cheias de primavera e os rios do Nordeste, cujas cheias são de outono/inverno.
Prevalecem os rios perenes, com exceção dos rios do Sertão Nordestino semi-árido,
onde existem diversos temporários.
O Brasil tem poucos lagos, que são de três categorias:
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Costeiros
- Formados
pelo fechamento de uma restinga ou cordão arenoso, como as Lagoas dos Patos,
Mirim e Mangueira, no Rio Grande do Sul; Araruama, Maricá e Rodrigo de Freitas,
no Rio de Janeiro;
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Fluviais
ou de Transbordamento - Originados
pelo transbordamento de rios, como o Manacapuru, no Amazonas; Mandioré e
Cáceres, em Mato Grosso.
O Brasil possui
algumas das maiores ilhas fluviais do mundo. Na foz do rio Amazonas, no Estado
do Pará, encontra-se a Ilha de Marajó, maior ilha flúvio-marinha do Mundo, com
50 mil km² e um dos grandes santuários ecológicos do Planeta. Além dela encontramos
as ilhas Gurupá, Caviana e Mexiana. No rio Araguaia encontra-se a ilha do Bananal,
com 20 mil km² de área, é a maior ilha fluvial do Mundo. Abriga o Parque Nacional
do Araguaia e duas Reservas Indígenas: Carajás e Javaés. Parte da Ilha é inundada
durante os meses de janeiro a março, época de cheia do rio Araguaia. Possui
fauna e flora bem variada.
É a maior bacia
brasileira. São 23 mil km de rios navegáveis. Tem o maior potencial hidrelétrico
do País, mas a baixa declividade do seu terreno dificulta a instalação de Usinas
Hidrelétricas. Seu Rio, o Amazonas, tem cerca de 7 mil afluentes, sendo os principais
o Negro, o Trombetas e o Jari (margem esquerda); o Madeira, o Xingu e o Tapajós
(direita). O Amazonas é o rio de maior vazão de água (100.000 m³/s) e também
o maior em extensão do Planeta, com seus 6.868 km de comprimento. Na época das
cheias, o encontro de suas águas com o mar provoca um fenômeno conhecido como
"Pororoca", quando se formam ondas enormes que invadem o continente.
O barulho do impacto pode ser ouvido a grandes distâncias.
É formada pelo
Rio São Francisco e seus afluentes. Situa-se quase totalmente em áreas de planalto,
entre altitudes que variam de 400 a 1.000 m. Atravessa a Região Sudeste chegando
até à Nordeste, sendo por isso denominado "Rio da Integração Nacional".
Embora atravesse longo trecho em clima semi-árido, é um rio perene e navegável
em um longo trecho de cerca de 2 mil km, entre Pirapora e Juazeiro / Petrolina,
e em outros trechos apresenta fortes quedas e tem seu potencial hidrelétrico
aproveitado através das Usinas de Paulo Afonso e Sobradinho na Bahia, Três Marias,
em Minas Gerais e Moxotó, em Alagoas, entre outras.
É formada pelo
conjunto das bacias dos Rios Paraná, Paraguai e Uruguai.
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Bacia do Paraná
- Situada na parte central do Planalto Meridional brasileiro é essencialmente
planáltica, ocupando o primeiro lugar em potencial hidrelétrico do País.
É nela que se encontra a Usina de Itaipú, entre outras. Sua navegabilidade
e a de seus afluentes vem sendo aumentada pela construção da Hidrovia Tietê–Paraná.
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Bacia
do Paraguai - É típica
de planície, destacando-se pelo seu aproveitamento como hidrovia interligada
a outras bacias, especialmente à do Paraná. Atravessa a Planície do Pantanal
e é muito utilizado na navegação regional.
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Bacia
do Uruguai - Tem um trecho planáltico,
com potencial hidrelétrico e outro de planície, entre São Borja e Uruguaiana
(RS).
É a maior totalmente
brasileira, com área de 803.250 km². Seu Rio principal, o Tocantins, nasce na
confluência dos Rios Maranhão e Paraná, em Goiás, e deságua na foz do Rio Amazonas,
no Pará. Durante o período de cheias é navegável em um trecho de 1.900 km, entre
as Cidades de Belém (PA) e Peixe (GO). Em seu curso inferior situa-se a Hidrelétrica
de Tucuruí, que abastece os projetos de mineração da Serra dos Carajás e da
Albrás. O Araguaia, outro Rio importante desta Bacia, é navegável num trecho
de 1.100 km.
É formada
por bacias pequenas e médias de rios que correm próximo ao litoral e deságuam
no Oceano Atlântico.
Formado por
rios perenes que correm ao norte da Bacia Amazônica e entre as fozes dos Rios
Tocantins e São Francisco. O principal é o Parnaíba. Sua foz, entre o Piauí
e o Maranhão, forma o único Delta Oceânico das Américas. Cobre uma área de 2.700
km².
Formado pelas
bacias dos rios que correm entre a foz do São Francisco e a divisa entre os
Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Seu Rio mais importante é o Paraíba do
Sul.
Formado pelas
bacias dos rios que estão ao sul da divisa dos Estados do Rio de Janeiro e de
São Paulo. O Itajaí, em Santa Catarina, é o Rio mais importante.
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