Infra
- estrutura
Transportes
| Comunicações | Saúde | Energia
| Habitação | Educação
Apresenta sistema
rodoviário com 1,6 milhão km, 9% pavimentado, sendo o mais usado para transporte
de cargas. Grande parte encontra-se privatizada. Praticamente todas as Capitais
dos Estados estão ligadas por rodovias pavimentadas.
O setor ferroviário atinge 30,3 mil km, implantadas principalmente ao sul da
Bahia e divididas em sete redes regionais, que foram privatizadas em 1997. São
utilizadas principalmente para o transporte de mercadorias, mas respondem por
apenas 20% das cargas. A Ferrovia do Aço conecta as regiões de extração mineral
de ferro, no interior do País, com as Usinas Siderúrgicas e os Portos da Costa
Sudeste.
O transporte marítimo é usado mais intensamente para a exportação de mercadorias
pelos 40 portos ao longo da costa brasileira, 16 portos totalmente equipados
para movimentação de contâineres. Os mais importantes são Santos (SP),
Rio de Janeiro (RJ), Paranaguá (PR), Recife (PE) e Vitória (ES).
Duas vias fluviais estão contribuindo para melhorar esse tipo de transporte
tanto no interior do Brasil como nas suas conexões com países vizinhos das Regiões
Sul e Sudeste: a Paraná-Paraguai e a Tietê-Paraná. Esta última também é conhecida
como a Via Fluvial do Mercosul. As vias fluviais do interior, que totalizam
aproximadamente 35.400 km em torno do Amazonas e seus afluentes, ligam o Brasil
a outros Países da América do Sul e fornecem importantes meios de transporte
dentro do País.
O tráfego aéreo é feito por empresas nacionais e estrangeiras, em vôos domésticos
e internacionais utilizando cada vez mais aeronaves projetadas e fabricadas
no Brasil. Atualmente, existem dez Aeroportos Internacionais que funcionam a
plena capacidade e oferecem altos níveis de conforto e eficiência, entre eles
destacam-se os do Rio de Janeiro e São Paulo, capazes de receber qualquer tipo
de avião. Todas as linhas aéreas registradas no Brasil são de empresas privadas,
e algumas delas permitem a participação estrangeira no seu capital.
O setor de
telecomunicações, recentemente privatizado, abrange todas as Regiões, com a
telefonia móvel e celular, além de satélites.
O Brasil conta com um sistema de correspondência postada, aérea, fluvial e terrestre,
de comprovada eficiência, além de vários provedores de internet. Conta com 2.778
emissoras de rádio, mais de 10 canais nacionais de televisão, 373 jornais diários,
a maioria com pequena circulação e vários tipos de revistas.
As condições
sanitárias no Brasil variam de uma Região para outra. As maiores cidades contam
com uma infra-estrutura suficiente, mas as regiões do interior sofrem escassez
de médicos, enfermeiras, hospitais, clínicas e farmacêuticos.
O Brasil conta com mais de 16 mil hospitais, clínicas e centros de saúde locais
e aproximadamente 200 mil médicos, com alta taxa de qualificação e especialização
no trabalho, sendo a média nacional de 13,3 médicos para cada 10 mil habitantes,
mas esses recursos estão distribuídos de forma irregular. A média de leitos
é de 2,7 para cada 1.000 habitantes, ainda distante do que é considerado satisfatório
pela OMS: quatro leitos por 1.000 habitantes. Há ainda leitos psiquiátricos
e de UTI que juntos somam 89.014.
As principais causas de mortes no Brasil são as doenças circulatórias, seguidas
de mortes atribuídas a causas externas (acidentes de trânsito e homicídios),
por câncer e por doenças infecciosas e parasitárias. Acidentes do trabalho também
engrossam as estatísticas de mortes e colocam o país como recordista mundial
de mortes de trabalhadores. O número de casos notificados de Aids desde o surgimento
da doença no Brasil até junho de 1996 foi de 82.852, sendo que a Região Sudeste
concentra 73% dos casos. Segundo o Ministério da Saúde, em 1994, a taxa de mortalidade
infantil era de 40 para cada 1.000 nascidos vivos e 114,2 mortes maternas para
cada 100 mil bebês nascidos vivos.
As vacinas obrigatórias no Brasil são a BCG, contra tuberculose; a Sabin, contra
a poliomielite; a Tríplice, contra tétano, coqueluche e difteria; a vacina contra
sarampo e a MMR, contra sarampo, caxumba e rubéola. Além dessas, o Governo providencia
vacinas em alguns casos de ameaça de epidemia, como as de meningite. A poliomielite
é considerada erradicada, mas as campanhas de vacinação contra a doença ainda
acontecem em todo o País.
O atendimento odontológico é feito quase exclusivamente pela rede privada.
Segundo o Conselho Federal de Odontologia, em agosto de 1995 havia 120.414 cirurgiões
dentistas no País ou um para cada 1.294 habitantes.
A produção
anual de eletricidade do Brasil é gerada graças à infra-estrutura hidrelétrica.
As grandes usinas hidrelétricas estão situadas nos Rios Paraná (Complexo Hidrelétrico
de Itaipu, Jupiá, Ilha Solteira e Foz do Areia) e São Francisco (Complexo Paulo
Afonso-Sobradinho) , além do Rio Grande (Complexo Embarcação, Furnas e Marimbondo).
As Hidrelétricas Amazônicas de Balbina e Tucuruí também são importantes. A produção
de eletricidade em centrais nucleares não atendeu às expectativas, além dos
riscos ambientais que representa. A única Usina Atômica em operação, Angra I,
no Estado do Rio de Janeiro, não consegue produzir regularmente, devido a constantes
falhas nos equipamentos, fornecidos por uma empresa norte-americana. Este ano
foi colocada em funcionamento a de Angra II.
A produção de petróleo do País é em média 60% do petróleo consumido diariamente;
o restante é importado. Atualmente, cerca de 70% do petróleo extraído no Brasil
vem das plataformas marítimas, e a principal região produtora é a Bacia de Campos,
no litoral do Rio de Janeiro. No Continente, os principais poços de petróleo
estão no Estado da Bahia. O álcool produzido usado para abastecer a frota nacional
de veículos a álcool e também para ser misturado à gasolina. Outra importante
fonte de energia é o gás natural. O gasoduto Brasil-Bolívia transportará gás
natural da Bolívia até as Regiões Sul e Sudeste do Brasil, cuja demanda de energia
é maior e crescente.
Do total de
moradias no País, 1 milhão está localizada em favelas, com 4,4 milhões de habitantes.
A maior parte dessa população está concentrada em grandes Metrópoles, como São
Paulo, com 29,8% do total, e Rio de Janeiro, com 24,8% do total. Há deficiências
no fornecimento de saneamento básico, água tratada e coleta de lixo. Nas áreas
periféricas das grandes Cidades, habitadas pela população mais pobre, há também
carência de serviços, como iluminação pública, postos de saúde, escolas, transporte
coletivo e segurança. Muitas moradias são construídas de forma improvisada,
sem a insolação e ventilação mínimas.
O acesso à rede geral de esgoto atinge apenas 39,5% das moradias. Uma porcentagem
razoável de domicílios (20,4%) ainda se utiliza de fossas sépticas. Enquanto
79,9% da população da Região Sudeste tem acesso ao saneamento, por rede coletora
ou fossa séptica, no Nordeste esse número cai para 32,5%.
O analfabetismo
entre a população de mais de 15 anos é de 17,2%, em 1994, segundo o IBGE.
A educação fundamental e média no Brasil é gratuita e obrigatória para as crianças
entre 7 e 14 anos de idade, mas o Brasil ainda tem cerca de 3,5 milhões de crianças
fora das salas de aula. Os centros de ensino primário e secundário são fundamentalmente
geridos pelos estados e municípios e para reforçar o aprendizado nas escolas
em condições precárias, oferece o projeto TV Escola. Existem muitas escolas
católicas, entre outros centros privados de ensino.
O Governo Federal, o Estadual, o Municipal e as entidades privadas mantêm sob
sua responsabilidade as instituições de ensino superior, que são agrupadas
em quatro categorias:
Entre
as principais universidades existentes no País destacam-se a Universidade de
Brasília, a Universidade de São Paulo, as Pontifícias Universidades Católicas
de São Paulo e Rio de Janeiro, a Universidade Estadual de Campinas, a Universidade
Federal do Rio de Janeiro, a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
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