Quadro Natural
Parques
Estaduais
O relevo se
compõe de planície litorânea e depressões, na maior parte do território, e planalto.
Cerca de 83% do território estadual encontram-se abaixo de 300 m e 60% abaixo
de 200 m.
O planalto, extremidade setentrional da Borborema, penetra o Estado pelo sul,
afastando-se bastante do litoral oriental, alcançando, ao norte de Currais Novos,
800 m de altitude que, junto com a Chapada do Apodi, são formas de relevo mais
altas. O ponto culminante do Estado é a Serra do Coqueiro com 868 m de
altitude.
A planície litorânea apresenta tabuleiros areníticos, dispostos ao longo dos
litorais oriental e setentrional e as depressões cercam o planalto pelos lados
de leste, norte e oeste ao longo dos principais rios, especialmente do Piranhas
e do Apodi.
Na porção sudoeste do Estado ocorrem alguns maciços isolados com cerca de 600
m de altitude, entre os quais se destacam as Serras de São Miguel, do Martins
e Luís Gomes. É a chamada região serrana do Rio Grande do Norte.
O clima é o tropical úmido, com chuvas de outono-inverno, o semi-árido quente
e o tropical semi-úmido, com chuvas de outono.
O tropical úmido ocorre na baixada litorânea oriental, registrando temperatura
média de 24° C com chuvas regulares e abundantes, que diminui rapidamente da
costa para o interior.
O semi-árido quente domina praticamente todo o resto do Estado, inclusive o
litoral setentrional, acarretando numa costa bastante seca, e apresentando temperaturas
médias de 26ºC no interior e chuvas escassas e irregulares.
O tropical semi-úmido ocorre apenas no extremo oeste, registrando temperaturas
médias também elevadas e chuvas de outono abundantes na região serrana, a sudoeste
e escassas na semi-árida. Em algumas épocas do ano apresenta dias com 15 horas
de sol.
A larga planície costeira do Rio Grande do Norte é a única região litorânea
do Brasil com clima semi-árido, fazendo com que o Estado seja o maior produtor
brasileiro de sal.
Seus rios correm para o litoral oriental e para o litoral setentrional, sendo
estes os mais extensos do Estado, como o Apodi e o Piranhas ou Açu.
Todos os rios do Rio Grande do Norte são temporários. No interior, numerosas
barragens foram construídas, dando origem a açudes como os de Cruzeta, Gargalheiras
e Itãs. Na embocadura dos rios do litoral oriental observam-se numerosas lagoas,
que ocorrem também nas várzeas dos Rios Piranhas e Apodi.
Sua vegetação é a floresta tropical, encontrada numa pequena área situada a
sudeste; uma floresta com composição mista, com espécies da floresta tropical
e da caatinga, no agreste, dominando toda a porção oriental do Rio Grande do
Norte, único Estado em que essa vegetação chega até o litoral; a caatinga, que
recobre as porções central e ocidental do Estado, ocupando 90% da superfície
estadual; e vegetação de mangue na faixa litorânea. No
Estado situa-se a Reserva Biológica Marinha do Atol das Rocas, área de preservação
criada, em 1979, com 36.249 ha, única formação de atol existente no Atlântico
Sul, compreendendo todas as águas, recifes, ilhas e plataforma continental,
localizadas no litoral do Rio Grande do Norte, dentro do limite do mar territorial
brasileiro. É um santuário ecológico que abriga quase 150 mil aves, além das
tartarugas, peixes e crustáceos. Foi descoberto em 1503 devido ao
naufrágio da nau de Gonçalo
Coelho e durante muitos séculos foi sinônimo de medo para navegadores pois passava
facilmente desapercebido devido à sua altura (máximo de 3 m) até que, em 1881
foi construído um farol na conhecida Ilha do Farol. O Atol é muito freqüentado
por pesquisadores e fiscais do IBAMA pois a permanência humana no local é limitada
apenas para fins científicos, não estando aberta ao turismo. Seu nome deve-se
a estranhas formações de algas e moluscos que lembram cogumelos. Em 2001
foi considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Parque |
Área
total (ha) |
Município |
Dunas de Natal |
1.172 |
Natal
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