Cultura
Seus inúmeros
museus retratam a vida de diversas formas. Os mais conhecidos são: Museu Imperial,
fundado em 1938, que funciona no Palácio do Grão-Pará, antiga residência da
Família Imperial em Petrópolis; o Museu do Primeiro Reinado, antiga moradia
da Marquesa de Santos; o Museu Nacional, criado em 1892,
instalado na Quinta da Boa Vista; o do Índio, fundado em 1956; o Histórico Nacional
(1922); o da Cidade (1914); o da República; o Museu Nacional de Belas-Artes;
o de Arte Moderna e o da Imagem e do Som, todos na Cidade do Rio de Janeiro.
A maior parte do seu acervo arquitetônico encontra-se tombado pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Com estilos variados,
misturando o histórico ao moderno, compõem a paisagem do Estado, revivendo os
ciclos pelo qual ele passou. A atividade artesã no Estado é bastante rica e
expressiva. A cerâmica é um dos itens mais explorados e é no Município de Itaboraí
onde se concentra a maior parte dos artesãos e das olarias - responsáveis, principalmente,
pela produção de tijolos e telhas. A madeira é utilizada em esculturas, móveis
e apetrechos domésticos, sendo as mais comumente utilizadas a canela, figueira,
araribá, paineira, cedro-vermelho, peroba e outras. É também utilizada na confecção
de instrumentos musicais como cavaquinhos, tambores, violões e rabecas. O couro
é muito usado em todo o Estado, sobretudo no interior, relacionando-se às atividades
pecuaristas. Do couro de animais como o coelho, bode, cabrito e outros, fabricam-se
as máscaras que são utilizadas nas Folias de Reis. O artesanato de renda de
bilros é desenvolvido em alguns Municípios da Região Norte Fluminense - Campos,
Porciúncula, Laje do Muriaé - e em outros do litoral - Cabo Frio e Saquarema.
Hoje, apesar da desaceleração da produção deste artesanato no Estado, sua presença
persiste em feiras locais. O artesanato de balões se difunde por vários Municípios:
Rio de Janeiro (na zona norte), Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova
Iguaçu e outros. Nos finais de semana, sobretudo os do mês de junho, as "quadras"
de baloeiros atraem um grande público.
No Estado, a grande presença portuguesa influencia a culinária, como a bacalhoada,
o caldo verde e as iscas de fígado, porém, são bastante expressivas as diferenças
entre a culinária urbana e a rural, sendo o pescado comum a ambas. Nas áreas
rurais, se destaca o consumo do milho, usado para angu e canjiquinha. Em alguns
Municípios encontramos doces característicos, tais como, Campos, que se destaca
pela produção da goiabada, do melado e da rapadura, além de chuviscos, papos
de anjo e ameixa campista (carambola com recheio de coco); Mangaratiba, por
tipos de doces utilizando banana: torta de banana, bolinhos, paçoca, banana
cristalizada e em calda; Angra dos Reis, os de batata doce, mamão, laranja da
terra, melado com gengibre, paçoca de amendoim; Araruama, bola de amendoim e
o chamado "chiquita bacana" e Saquarema, doces em calda, em pasta ou cristalizados
("vidrados") e pela "melindrosa" (queijadinha). A bebida mais comum é a aguardente,
produzida em indústrias e nos domicílios. Nas regiões norte, noroeste e em Parati,
situam-se as cachaças mais renomadas, feitas em pequena escala. Os licores de
frutas mais comuns são os de café, jenipapo, tangerina, pêssego e laranja. Misturando-se
cachaça com o sumo de algumas frutas (maracujá, coco, tangerina, limão), obtém-se
as batidas, bastante apreciadas pelos fluminenses.
O Estado se destaca pela alegria de suas festas. O Ano Novo é muito festejado
através da soltura de balões, fogos de artifícios, bailes de reveillon nos clubes,
etc. Na Praia de Copacabana acontece um show pirotécnico que atrai muitos turistas.
Em toda a orla se cultua Iemanjá. Em Angra dos Reis realiza-se a tradicional
Procissão Marítima, onde desfilam vários barcos enfeitados com alegorias. Sem
falar do Carnaval, a maior festa popular do Estado. Além dessas, temos o Boi
Pintadinho, na região norte fluminense, o Caiapó, a Festa de Santa Cruz e do
Divino, em Parati, a Cavalhada, em Campos e Itaocara, a Festa a Nossa Senhora
da Penha, no Rio de Janeiro, a Festa do Carro de Boi, em Raposo, Pastorinhas,
em Miracema e Santo Antônio de Pádua, Reis de Boi, em Arraial do Cabo e Reis
do Congo e Lapinha, em Duque de Caxias, sem contar Corpus Christi, Festas Juninas,
Malhação do Judas e São Cosme e São Damião, no Estado todo.
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